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Com a finalidade de difundir a temática do combate ao trabalho infantil entre estudantes, pais e responsáveis, OAB-PA e a Secretaria de Estado de Educação promoveram, hoje pela manhã, formação com professores da Rede Estadual de Ensino. Denominado "Encontro de Multiplicadores da Cultura de Paz: Não ao Trabalho Infantil", foi realizado no auditório Otávio Mendonça.
Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, Ricardo Melo conduziu a dinâmica da capacitação, que é fruto de parceria firmada entre OAB-PA e Seduc, no último dia 29 de agosto. A inciativa consta no eixo 5 do Plano Paraense de Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador e se estenderá por três anos, apesar de ambas instituições já terem promovido capacitação similar em meados de 2015 e no início deste ano.
Ao destacar que trabalho infantil é um tema bastante discutido atualmente no mundo, a psicóloga do Ministério Público do Estado, Kátia Figueiredo, procurou estimular a reflexão acerca dessa temática. “Aqui na nossa região, ao contrário das outras regiões do planeta, onde o trabalho infantil está diminuindo, os nossos índices, infelizmente, nesses dois últimos anos, aumentaram!”, lamentou.
De acordo com psicóloga, é preciso sensibilizar as pessoas para que elas possam “refletir a respeito das diversas implicações do trabalho infantil no sentido de impedir o desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes”. Para ela, o objetivo é o engajamento das crianças e adolescentes “em um exercício de cidadania pleno, responsável e consciente, dividindo com toda a sociedade, para buscar soluções de como combater o trabalho infantil”.
Coordenadora do projeto “Bem Conviver” e atuante na Coordenadoria de Ações Educativas Complementares da Seduc, Dejane Corrêa explicou como será desenvolvido o processo de formação dos multiplicadores dessa temática. Joel Teixeira, da Superintendência Regional de Trabalho e Emprego, abordou os impactos da saúde na criança vítima de trabalho infantil e ressaltou que elas não possuem discernimento para o trabalho como o adulto.
Na avaliação de Ricardo melo, a capacitação abriu um bom contato com professores da Região Metropolitana de Belém. “Há grande possibilidade de expandir pelo estado por meio da Seduc, que vai formar grupos em suas regionais para ampliar o debate nas escolas”, projetou. O conselheiro seccional da OAB-PA reforçou que os professores serão os multiplicadores em suas escolas e que a Ordem e o Fórum Paraense de Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção do Trabalho do Adolescente (FPETIPA) continuarão apoiando e monitorando as atividades.
Confira o Plano Paraense de Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador
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Fotos: Yan Fernandes