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Sucesso de público, conferência debateu políticas públicas para combater violência sexual

DSC 7363---Promovida pela Comissão de Proteção aos Direitos das Pessoas com Deficiência, a OAB-PA sediou, hoje à tarde, conferência que debate “Violência Sexual Contra a Pessoa com Deficiência e Vulneráveis – um Tema ainda Invisível”. Políticas públicas que insiram programas e ações de prevenção para combater essa problemática é o principal foco das discussões na ocasião.

Em razão da enorme demanda de público, as palestras foram ministradas no auditório Otávio Mendonça e no plenário Aldebaro Klautau, de maneira que todos os inscritos sejam contemplados. A advogada, psicóloga e mediadora judicial Arlene Mara de Sousa Dias proferiu a palestra “Infância, Deficiência e Vulnerabilidade: Efeitos Psicológicos da Violência Sexual”.

DSC 7385---Graduada em Serviço Social e pós-graduada em Políticas Públicas e idealizadora do Projeto Girassol, Eugênia Fonseca proferiu a palestra “A experiência do Pro-Paz no atendimento à pessoa com deficiência”, que abriu o evento. Já a palestra “Como perceber que uma PCD foi violentada, formas de detectar e prevenir” foi ministrada pela psicóloga clínica e gestalt terapeuta Danieli de Lemos Pantoja.

Delegada da DEACA (Santa Casa), Rosângela da Costa Gouvea conduziu a palestra “A Violência Sexual Contra Pessoas Vulneráveis-Crianças, Adolescente e Pessoas com Deficiência”. “O Papel do Ministério Público nas situações de Violência Sexual contra Vulneráveis” foi tema da palestra ministrada pelo promotor Luiz Gustavo Quadros.

Sucesso

DSC 7415---Para Gisele Costa, presidente da Comissão de Proteção aos Direitos das Pessoas com Deficiência da OAB-PA, a conferência foi excelente. “A violência sexual contra pessoa com deficiência e vulneráveis é quase invisível. Reconhecer a deficiência, às vezes, é difícil para alguns profissionais que não estão qualificados. Precisamos de políticas públicas para aprimorar esses profissionais e os pais e responsáveis dessas pessoas, para que eles reconheçam quando aconteceu a violência, o abuso”.

Na avaliação da advogada, o evento promovido hoje comprovou que as pessoas estão interessadas em conhecer e aprender a respeito dessa temática, que não é muito debatida na sociedade. “Fiquei muito feliz em ver o auditório e o plenário lotados. Algumas pessoas foram. Recebemos um público de mais de 400 pessoas”, comemorou, acrescentando que irá sugerir ao presidente da OAB-PA que articule junto ao presidente do Conselho Federal da OAB a realização de uma pesquisa “para vermos quantas pessoas com deficiência e vulneráveis foram abusadas ou sofreram algum tipo de violência”.

DSC 7422---Gisele acredita que essa problemática ainda é considerada invisível por muitos pais que se recusam a admitir que seus filhos possuem alguma deficiência intelectual. “Então, no momento em que sofrem o abuso, esse fato não é informado na delegacia ou no hospital. Outra política pública que vamos tentar promover é fazer com que essa PCD e vulneráveis conheçam quando ocorre o abuso, quando alguém está tentando violentá-la”, evitando o isolamento social da PCD e vulneráveis.

Apoiado pela Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da OAB-PA e pelo Comitê Estadual de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes, o evento garantiu certificação de 10h de atividades complementares. A inscrição custou 1 kg de alimento não perecível, material que será doado ao Abrigo Especial Calabriano.

Fotos: Yan Fernandes

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