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Dezenas de advogados criminalistas acompanharam o presidente da OAB-PA, Alberto Campos, que protocolou nesta manhã, junto ao Ministério Público do Estado (MPE), representação contra o promotor de Justiça Militar, Armando Brasil. A medida se fez necessária diante do desrespeito do promotor perante cinco advogados na semana passada e, sobretudo, à Ordem dos Advogados do Brasil.
De acordo com o representante da advocacia paraense, na última quinta – feira (17) estava marcada uma audiência entre integrantes da Comissão de Defesa das Prerrogativas da OAB-PA com o promotor para resolver um problema que houve em uma audiência com a advogada Rosane Baglioli, no dia anterior. Ao chegarem para a reunião, os advogados foram impedidos de ter acesso ao encontro, porém, resistiram, conseguiram entrar na audiência, mas não foram tratados com respeito. “Eles estavam ali representando a Instituição Ordem dos Advogados, reunidos com o Ministério Público para discutirem o melhor caminho para o embrólio que envolvia um promotor de justiça e uma advogada em pleno exercício profissional”, detalha Campos.
Diante da mobilização da classe, a advogada Rosane Baglioli acredita que a representação é a demonstração da união de todos em defesa dos direitos do cidadão. “Representa que a nossa classe é forte, que tem fundamental importância nesse país e o respeito ao profissional do Direito. Precisamos efetivamente entender que nesse tripé não somos base, somos de igual para igual, somos braço da Justiça e queremos ser tratados com igualdade, lealdade, civilidade, moralidade, e, acima de tudo, com respeito à legislação vigente no país”, diz.
Para Alberto Campos, o que aconteceu com a advogada agredida pelo promotor atingiu toda a classe. "A Ordem dos Advogados tem que estar sempre de plantão para que todo e qualquer agressão contra advogado durante o exercício profissional seja repelida. Nós defendemos a Constituição e somos responsáveis pelo Estado Democrático de Direito estar de pé até hoje. Por isso, a Ordem exige que todos os profissionais inscritos na instituição sejam tratados com respeito que a lei determina", afirmou.
Momentos antes do protocolo, dezenas de profissionais da advocacia que militam na área criminal, se concentraram na Sala do Advogado Clóvis Malcher. Alberto Campos manifestou um dos momentos históricos, onde é feita a representação administrativa contra um promotor de Justiça. “Todos sabem que o meu perfil é conciliador, mas ele [promotor] agrediu a colega e outros quatro integrantes da Comissão de Prerrogativas que representavam a Ordem dos Advogados para tentar resolver o desentendimento que houve”, defende. “Violência contra um é contra todos, é contra o Estado Democrático de Direito e contra quem defende o cidadão que somos nós”, reforça.
O presidente da OAB-PA também estará acompanhado amanhã, em audiência com o corregedor geral do MPE, Adélio Mendes, para exigir celeridade imprescindível ao caso.
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Fotos: Yan Fernandes