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A presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/PA, Luanna Tomaz, foi uma das homenageadas na tarde de ontem (17), no evento “Mulheres Empoderadas”. Realizado pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), em parceria com Núcleo de Enfrentamento à Violência contra a Mulher (NEVM) e a Promotoria de Justiça de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.
Para ela, o evento realizado pelo ministério pública é fundamental, incentivando cada vez mais a luta pelos direitos fundamentais. "Com isso nos ficamos estimuladas a continuar com os trabalhos que desenvolvemos. Essa homenagem serviu para reafirmar o nosso compromisso com a luta pelos Direitos Humanos. Em especial, a luta pelos Direitos das Mulheres.", afirmou Lunna.
O evento homenageou 10 mulheres que se destacaram na vida pessoal e profissional. Representantes dos Poderes Judiciário, Executivo e da sociedade civil lotaram o auditório da Promotoria da Infância e Juventude.
A promotora de Justiça e coordenadora do NEVM Lucinery Helena Resende Ferreira do Nascimento esteve à frente do evento, em conjunto com os promotores de Justiça de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher Sandro Garcia de Castro, Franklin Lobato Prado e Mário Raul Vicente Brasil.
Música
Durante o evento “Mulheres Empoderadas”, o coral do Ministério Público do Estado do Pará apresentou as músicas “Eu sei que vou te amar” de Vinícius de Morais e “Azul da Cor do Mar” de Tim Maia. Também se apresentaram as cantoras Glisney Johnson e Genny Vianna e o violinista Demy Tiago.
Currículo
Luanna Tomaz, advogada, professora e militante na causa da mulher.
LUANNA TOMAZ Nasceu em 1983, em Macapá, filha de uma mãe cearense e um pai mineiro. Tem uma irmã mais velha, que nasceu em Roraima, com deficiência mental, do qual é curadora. Mais tarde, sua família adotou um menino, que muito cedo se revelou gay. Em função disso, desde muito nova aprendeu a conviver com as diferenças e assumir uma ideia de responsabilidade com o outro, principalmente depois que seus pais mudaram para Belém e se divorciaram momento em que passou a cuidar dos irmãos.
Foi aprovada, em 2000, no vestibular para o curso de Direito da Universidade Federal do Pará e para medicina na Universidade do Estado. Todavia, decidiu cursar, além do curso de Direito, o curso de Ciências Sociais, na Unama, pois tinha essa preocupação com as questões sociais e uma intensa vontade de mudar a realidade do mundo em que vivia. Isso, por óbvio, despertou profunda resistência da família, que depois terminou aceitando.
Quando ingressou na faculdade, passou a militar no movimento estudantil, sendo presidente do DCE da Unama e integrante do Centro Acadêmico de Direito Edson Luis. Também passou a militar na Federação Nacional dos Estudantes de Direito. No decorrer do curso se envolveu com as questões de gênero e com os movimentos feministas, através do Fórum de Mulheres da Amazônia Paraense e do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Mulheres e Relações de Gênero Eneida de Moraes – GEPEM.
Pode, no decorrer do curso, estagiar na Ouvidoria do Sistema de Segurança Pública, na Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos e no Museu Emílio Goeldi, que contribuíram imensamente para a sua formação em Direitos Humanos. Obteve o grau de bacharel e ingressou no Mestrado em Direitos Humanos em 2006, e em 2007 passou a lecionar.
No mestrado desenvolveu estudos sobre a Violência contra a Mulher, quando passou a se envolver diretamente com a rede de atendimento de Belém, vendo o surgimento de muitos órgãos como a Promotoria de violência doméstica e familiar, com as Dras. Sumaya e Simone.
Em 2009, ingressou como professora da Universidade Federal do Pará, mesmo ano em que casou e teve seu primeiro filho. Em 2010 ingressou no doutorado, onde novamente desenvolveu pesquisas sobre a violência contra a mulher em Belém. Na universidade passou a coordenar projetos de atendimento a vítimas de violência e fundou o NEIVA – Núcleo de Estudos Interdisciplinares da Violência na Amazônia, junto com diversos professores e professoras que atuam no enfrentamento as diversas formas de violência em Belém.
Ingressou posteriormente na OAB, nas comissões da mulher advogada e depois na presidência da Comissão da Criança e do Adolescente e, atualmente, na Comissão Estadual dos Direitos Humanos, sendo Conselheira Seccional na Comissão Nacional de Direitos Humanos. Como professora da graduação e pós-graduação, como militante feminista e estudiosa do tema, nunca abandonou a atuação em defesa dos direitos das mulheres.
Com informações da Assessoria de Imprensa do MPE
Foto: Letícia Miranda