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O encontro tradicional realizado pela Associação que percorre todo o Brasil e apoia os eventos realizados pelas associações estaduais será realizado nos dias 8 e 9 de maio deste ano, na capital paraense. O evento que pretende reunir advogados trabalhistas de diversos estados da federação terá como tema principal o Processo Judicial Eletrônico – Pje.
A definição sobre a data da vinda da caravana a Belém foi decidida hoje, 07, no auditório do Tribunal Regional do Trabalho, durante reunião do presidente da Associação Brasileira dos Advogados Trabalhistas – Abrat, Antônio Fabrício de Matos Gonçalves com os advogados trabalhistas.Durante a reunião, além de serem tratados aspectos geral do PJe, foram discutidos também problemas pontuais causados pelo sistema como: demora na marcação de audiências, indisponibilidade e interrupção do sistema, desconhecimento de alguns juízes e servidores da justiça do trabalho sobre o PJe, dentre outros pontos. “Essa reunião tem um sentido prático: levar todos os problemas apresentados aqui ao Tribunal Superior do Trabalho - TST a fim de aperfeiçoarmos o sistema.”
Segundo Fabrício, as grandes ganhos hoje incorporados ao processo, se deu em razão do diálogo mantido entre os advogados e o ministro do TST Carlos Alberto Reis de Paula.
Advogados e reclamantes sofrem com problemas causados pelo PJe
Os problemas narrados pelos advogados sobre o Processo Judicial Eletrônico são inúmeros em todo o país. Aqui em belém não é diferente. Inúmeras são as reclamações de advogados que estão sendo julgados “irresponsáveis”, “negligentes” e até sendo acusados de desídia pelos clientes por causa do PJe.
“Na semana passada em que estava com meu cliente a audiência foi reiniciada seis vezes, e em todas eles, a ata teve que ser refeita, pois o sistema não gravava o documento. Isso é inaceitável. ”, narrou o advogado Gilberto Alves, afirmando o sistema não funciona como deveria.
“Eu sinceramente não acredito em solução para os problemas causados pelo PJe. Esse sistema está começando a destruir e acabar com a justiça do trabalho.”, lamentou o secretário geral da Ordem, Jader Kahwage, advogado trabalhista que compartilha com a decepção de muitos profissionais em relação ao sistema.
Mesmo com o descrédito de muitos advogados em relação à solução para as questões apresentadas no PJe e com a certeza de que a implantação do processo não retrocederá, os pontos críticos sobre o Processo serão levados ao TST, na esperança de melhoras.
Participaram do encontro, a diretora da Abrat, Ailvia Mourão, o representante do Pará na Abrat, Alan Baptista, e ainda diversos conselheiros seccionais da OAB, diretores da Atep e advogados trabalhistas.
Fotos: Paula Lourinho