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“Há vinte anos, na apuração e julgamento de crimes, pouco se usavam os laudos periciais, privilegiavam-se as provas testemunhais, tamanho era o pouco valor que se dava à perícia criminal”, afirmou o perito Domingos Toccheto, na noite de ontem, durante palestra sobre “Identificação das Armas de Fogo”, parte importante do estudo sobre balística forense, que aconteceu no auditório da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em Belém. O evento foi dirigido, prerefencialmente, a advogados que atuam na área criminal.
Para melhor ilustrar a importância do papel do perito criminal na elucidação de crimes diversos com o uso de armas de fogo, o palestrante mostrou a capa de uma revista de circulação nacional, que destacava: “De cada 100 assassinos, ladrões e estupradores, a polícia prende 24, a justiça condena 5, só um cumpre a pena até o fim”. “Dos criminosos que vão a julgamento, muitos deles ficam livres de condenação exatamente por falta de provas”, afirmou.Toccheto, que é Bacharel em Direito e professor de Criminalística da Escola Superior de Magistratura de Porto Alegre e membro da Academia Paraense de Júri, mostrou em detalhes a enorme variedade de armas de fogo e seus fabricantes, suas diferenciações técnicas, potencial destrutivo e letalidade, assim como de projéteis balísticos.
O evento foi uma realização da Academia Paraense de Juri (APJ), presidida pelo advogado Osvaldo Serrão, em parceria com a OAB-PA/ESA e a FGV. Ao final, um convênio de cooperação mútua foi assinado entre estas entidades com a finalidade de realização de cursos diversos na área criminal para os advogados paraenses, em Belém e nos municípios do interior. Jarbas Vasconcelos e Jeferson Bacelar, presidentes da OAB-PA e da ESA, respectivamente, assinaram o convênio com o presidente da APJ.