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A corregedoria da Polícia Civil (PC) do Pará instaurou inquérito criminal para apurar denúncias de envolvimento de policiais civis em supostas fraudes no concurso público da própria instituição, ocorrido no início deste mês, realizado pela Secretaria Estadual de Administração (Sead) para contratação de investigadores, escrivães, papiloscopistas e delegados de polícia. A prova foi realizada no último dia 5, aplicada pela Universidade Estadual do Pará (Uepa).
Mas, houve denúncia de suposto esquema de fraude para beneficiar familiares de policiais. Este é o segundo concurso para a Polícia Civil realizada no atual governo Simão Jatene. O primeiro, realizado em 2012, foi anulado pela própria Sead, após a comprovação de irregularidades pelo Instituto de Perícias Renato Chaves, que identificou violação em lacres de algumas provas.
A delegada Larissa Torres é quem preside o inquérito, que tem 30 dias para apurar as denúncias, podendo ser prorrogado pelo mesmo período se houver necessidade de maior investigação do caso. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, o inquérito foi instaurado esta semana e a delegada está em fase de ouvir os depoimentos de alguns policiais. Porém, não foram informados nomes nem quantos são os acusados.
A Sead informou ao DIÁRIO que não recebeu nenhuma comunicação de denúncia de fraude no concurso 2013 da Polícia Civil do Pará. Disse que o concurso seguirá o cronograma normalmente e que a expectativa da administração estadual é que, até o final deste ano, o processo de formação dos novos policiais seja concluído.
VAGAS
O concurso da Polícia Civil oferta 670 vagas, das quais 150 são para cargos de delegado de polícia, 250 pra investigador, 250 para escrivão e 20 vagas para papiloscopista. Foram inscritas mais de 23 mil pessoas e as provas foram realizadas em seis municípios do Estado do Pará. Um total de 9.490 candidatos se submeteram à primeira etapa das provas.
Ontem, a ouvidora geral da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PA), que também preside a Comissão de Atividades Policiais da entidade, Ivanilda Pontes; o vice-presidente da comissão Agnaldo Corrêa; juntamente com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Pará (Sindpol), Rubens Leite, se reuniram com a delegada que preside o inquérito, após acompanharem os depoimentos realizados pela manhã.
Eles informaram que a delegada está apurando vazamento da prova, mas que tudo leva a crer até agora que não passou de boatos. “Ainda não há nada confirmado”, sustenta Rubens.A advogada informou que os policiais civis a procuraram na OAB anteontem, requerendo acompanhamento do caso na corregedoria de Polícia Civil. “Está parecendo que não passa de boatos. Mas precisa ser investigado e vamos continuar acompanhando. Mas até agora não tem nenhum indício de nada que possa gerar indiciamento de alguém”, afirma Pontes.
Fonte: Diário do Pará