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Cansados após uma viagem de mais de 20 horas e descrentes na justiça paraense, aproximadamente 50 moradores do Município de Vitória do Xingu, coordenados pela vereadora Elsa Laire Dallacquamil quilômetros distante da capital paraense, chegaram ontem em Belám para pedir à Ordem dos Advogados do Brasil, seção Pará que acompanhe a investigação e cobre celeridade na apuração dos casos de improbidade administrativa supostamente cometidos pelo prefeito daquele município Liberalino Ribeiro de Almeida Neto, do PTB.
Recebidos na tarde de hoje (16) pelo Ouvidor Geral da OAB-PA, Oswaldo Coelho, os moradores falara sobre os problemas que vem enfrentando naquela cidade, onde o titular do poder executivo municipal é o alvo de mais de vinte acusações, sobre os mais diversos ilegalidades, entre elas desvio de verbas, uso indevido de funcionários e máquinas da prefeitura em propriedades do prefeito.
As denúncias foram feitas ao Ministério Público Estadual (MPE), Federal (MPF) e Polícia Federal em Altamira desde 2009, bem no início da administração do prefeito Liberalino. A época, as denúncias partiram da Vereadora que presidia a Câmara dos Vereadores e da população, porém até hoje, as entidades não obtiveram resposta dos Órgãos a respeito das denúncias.
Segundo os representantes das entidades, além do mal uso das verbas destinadas à saúde, saneamento, estrada e educação que o prefeito estaria praticando, ele seria dono de diversas empresas utilizando alguns “laranjas” como proprietários.
Eles também afirmam que as investigações do Ministério Público do Estado de Altamira estão prejudicadas devido o envolvimento do prefeito com a Polícia Militar e a Polícia Civil do município. “Na questão investigativa, o MPE está de mãos atadas, pois não confia na PM e na PC”, contou a Vereadora.
Elsa disse ainda que antes mesmo das denúncias serem feitas, ela conversou pessoalmente com o prefeito e que, na ocasião fez questão de revelar seu caráter. “Ele tentou me subordinar e disse que tinha dinheiro suficiente para comprar quem ele quisesse, ao contrário de mim”, revelou.
Cansados de esperar resposta do Judiciário, as reivindicações foram trazidas até a OAB-PA para apóie nessa luta. “Com a OAB, acreditamos que ganhamos mais um parceiro nesta luta. Pois não seria justo sofrermos todas as mazelas que nossos antepassados combateram tanto e, que hoje, com um pouco de poder que temos, vamos tentar acabar com isso”, disse a vereadora.
O Ouvidor Oswaldo Coelho orientou que as denúncias fossem feitas para a OAB por partes, cada situação encaminhada para a autoridade responsável. Com base nisso, a Ordem irá cobrar de cada órgão competente, as medidas cabíveis para as situações. Além disso, o Ouvidor se comprometeu em acompanhar todo o processo dos encaminhamentos da OAB.