Home / Notícias
Brasília – O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Henrique Nelson Calandra, convidou o presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Furtado, para apoiar a IX edição do Prêmio AMB de Jornalismo, que levará o nome do renomado jurista ministro Evandro Lins e Silva. O convite para que a OAB atua como parceira do Prêmio e para que Marcus Vinicius integre a comissão julgadora foi feito em reunião nesta quinta-feira (21) no gabinete da Presidência da OAB, em Brasília.
Segundo explicou Calandra, o Prêmio, que homenageará um dos maiores juristas brasileiros, tem como objetivo valorizar a produção de matérias sobre o mundo jurídico e estreitar a relação entre o Judiciário e a população. Advogado, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, jornalista, escritor e político, o piauiense Lins e Silva teve seu nome inscrito na história por sua marcante defesa dos direitos humanos e das liberdades, tendo defendido mais de mil presos políticos no período da ditadura militar. Ele ainda foi conselheiro federal da OAB por vários mandatos e medalha Rui Barbosa da OAB em 1991.
O convite foi aceito pelo presidente da OAB, que destacou a importância do Prêmio tanto pelo fato de dar destaque à categoria dos jornalistas, relevantes para a liberdade de expressão, como por homenagear o nome de Lins e Silva, “que muito contribuiu por ser um dos maiores exemplos brasileiros de luta pela liberdade”.
Prerrogativas
Na reunião, os presidentes da OAB e da AMB ainda trataram de outros temas de interesse das classes, ressaltando a essencialidade do diálogo entre as duas entidades e a garantia de livre atuação da magistratura e da manutenção das prerrogativas profissionais da advocacia.
Para Marcus Vinicius, estas são lutas igualmente importantes. “O livre exercício da atuação do advogado e a existência de magistrados independentes e respeitados são duas faces da mesma moeda”, afirmou. “Tanto que, em tempos de autoritarismo, a primeira medida tomada, além do fechamento do Congresso Nacional, é a exclusão da liberdade de profissão do advogado e da independência do juiz, pois a advocacia e a magistratura são essenciais à liberdade e à democracia”, acrescentou.
Também participaram da reunião a vice-presidente de Direitos Humanos da AMB, juíza Renata Gil, e a diretora da Secretaria de Prerrogativas da AMB, desembargadora Marília de Castro Neves. Pela OAB, também esteve presente o conselheiro federal por Alagoas, Felipe Sarmento.