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OAB-PA repudia violência sofrida por candidata à Prefeitura Municipal de Mãe do Rio

A Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Pará manifesta seu mais absoluto repúdio à violência sofrida pela cidadã Lays do Sabá, candidata à Prefeitura Municipal de Mãe do Rio, pelo cidadão Gabriel Andrade (esposo da candidata) e por um funcionário da candidata. Na noite do último domingo, dia 08/09/2024, quando saiam de um posto de combustível na cidade, foram surpreendidos por duas pessoas que estavam em uma motocicleta. Segundo relato do marido da candidata à imprensa, o homem que estava como carona da motocicleta teria desferido pelo menos 7 disparos contra o veículo que ocupavam - inicialmente, na parte frontal do veículo e, em seguida, pela traseira.

Mesmo sendo ainda muito prematuro para que se chegue a qualquer definição conclusiva acerca da motivação do crime, é impossível desconsiderar que uma das vítimas concorre ao pleito da Prefeitura Municipal de Mãe do Rio, o que, obviamente, elevam as suspeitas de que o crime seja de natureza política.

É papel da Ordem reafirmar que qualquer atentado contra a vida é gravíssimo e merece todo rigor das investigações, bem como do próprio Poder Judiciário para fazer cumprir a lei. No entanto, como já referido acima, se for comprovada a motivação política para o fato, estamos diante não apenas do atentado contra a vida, mas à própria democracia.

Defender a ordem jurídica do Estado Democrático de Direito é uma das principais finalidades institucionais da OAB, insculpidas na Lei Federal 8.906/94 (Estatuto da Advocacia). Por isso, a OAB Pará cobrará veementemente que este caso seja desvelado com a maior celeridade possível. Não admitiremos qualquer violência que tente interferir ou macular a democracia, tão cara à sociedade brasileira.

Infelizmente, a violência política cresce vertiginosamente no país, o que é motivo de muita preocupação não apenas da OAB, mas de todos que pugnam pela defesa desse bem tão imprescindível à sociedade brasileira. A OAB do Pará, como já realizado em eleições anteriores, criará um comitê de combate à violência política e fiscalização de regularidade no processo eleitoral. Em conjunto com diversas entidades da sociedade civil, fortalecerá ainda mais o combate à violência política e qualquer tentativa de fragilização da democracia.

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