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Em 12 dias, 25 recém nascidos morreram na Santa Casa de Misericórdia.
Hospital garante que não há surto de infecção hospitalar.
A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Pará, afirmou, neste sábado (15), que vai acompanhar as investigações sobre as mortes de 25 bebês na Santa Casa de Misericórdia, em Belém. Os recém-nascidos morreram no início deste mês, e as causas das mortes ainda estão sendo apuradas.
O filho de Luís Otávio e Alecsane Brasil foi uma das vítimas. Roupas, brinquedos, a camisa do time do coração, o enxoval completo de Lucas, primeiro filho do casal, já estava todo pronto. Mas o menino nasceu prematuro, aos 6 meses de gestação, e não resistiu.
Na Santa Casa de Misericórdia, chegaram a dizer para a família que o menino havia nascido morto. Mas a mãe conseguiu provar que não era verdade. "Ele nasceu, e estava chorando", garante Alecsane.
O filho do casal foi enterrado na última sexta-feira (14), no cemitério do Tapanã. Ao mesmo tempo, os corpos de outros quatro recém-nascidos também chegaram no local. Segundo os funcionários do cemitério, todos vieram da Santa Casa de Misericordia.
Em doze dias, 25 crianças morreram na maternidade da Santa Casa. Em um documento enviado para a gerência de neonatologia do hospital, o pediatra Maurício Leonardi já alertava para o problema, e pedia providências para conter as mortes. Ele fez, inclusive, uma lista com os óbitos ocorridos no mês de junho.
A OAB afirma que independente do número de crianças que morreram tem que ser apurado se houve situação de infecção hospitalar ou não.
O hospital explicou que as mortes têm causas diversas. Os bebês seriam prematuros, com baixo peso e má formação. A falta do pré-natal adequado também teria outro agravante. A Santa Casa garantiu que não há surto de infecção hospitalar na maternidade do hospital.
Fonte: G1