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OAB diz ao MP que advogado foi ameaçado por uma organização criminosa

Reunio_no_MP_ameaa_jakson_3reduzidaEm reunião, Jarbas Vasconcelos disse que teme pela vida do advogado Jakson Silva, presidente da subseção da Parauapebas, cujo nome figura em uma lista anônima de pessoas ameaçadas de morte e outras já assassinadas.

“Nós queremos que o Ministério Público faça uma investigação apurada refinada dos fatos que envolvem, inclusive, políticos daquela região”, disse o presidente da Ordem ao procurador chefe do MP, Marcos das Neves e o sub-procurador adjunto Jorge Mendonça,  durante reunião que aconteceu na manhã de hoje, 21, na sede do Ministério Público, em Belém.

Jarbas reforçou ainda a importância de uma ação conjunta entre o MP e a Secretaria de Segurança Pública – Segup. Segundo ele, o que a Ordem está apresentando agora e reafirmando a necessidade de união de força para investigar, é uma lista concreta de pessoas que, inclusive, já foram mortas como o advogado Dácio da Cunha e um líder comunitário, ambos assassinados em novembro do ano passado, ligados a um jornalista daquela região, também está marcado para morrer, que sofreu um atentado na semana passada.

“Nós acreditamos que as informações da matéria têm fundamento. A situação está insustentável e por isso pedimos urgente a intervenção do Gaeco - Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado.”, ponderou Jarbas.

Em resposta ao pleito da Ordem, o procurador afirmou que os documentos apresentados pela Ordem serão analisados pela subprocuradoria-geral de Justiça jurídico-institucional e encaminhados ao Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), mas deixou claro que precisa de mais informações, nesse sentido, o MP deverá ouvir o presidente da subseção de Parauapebas, assim como terá acesso às ações populares movidas pelo advogado ameaçado. “Para afirmamos se estamos lidando com uma organização criminosa precisamos de mais informações.”

Reunio_no_MP_ameaa_jakson_9Além do presidente da OAB-PA, participaram da reunião o diretor-tesoureiro da Ordem, Eduardo Imbiriba, o presidente da subseção de Altamira, Joaquim Freitas e o assessor jurídico da instituição, Rômulo Romeiro.

Do fato

A reunião solicitada pela OAB-PA aconteceu após denúncias divulgadas nos meios de comunicação de Parauapebas que afirma a existência de suposta lista de “marcados para morrer” naquele município, dentre os quais está o advogado Jakson de Souza e Silva, presidente da subseção daquela cidade.

Em ofício (007/2014 – ASS. JUR) encaminhado ao Promotor de Justiça Coordenador do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado – GAECO Milton Menezes, a OAB explica que a ameaça foi denunciada através do “disque denúncia de Parauapebas” no último dia 10 de janeiro e por meio de um bilhete deixado em um restaurante no município.

Em documento, o presidente da Ordem chama atenção para o fato de que, em matéria veiculada sobre o assunto, um dos integrantes da lista, o jornalista Wandernilson Santos da Costa, conhecido pelo epíteto “Popó” – que é um dos clientes do advogado Jakson, em ações judiciais relativas a atos de improbidade administrativa movidas contra o Prefeito de Parauapebas - foi alvejado por dois pistoleiros na manhã do último dia 13 de janeiro, ao sair de sua residência para ir trabalhar. O jornalista escapado com vida.

A matéria também levanta casos de improbidade administrativa supostamente realizadas por alguns gestores daquele município.

Outras providências

1501516_508352709280507_203701258_oreduzidaUma cópia do ofício também foi enviada ao Delegado Geral de Polícia Civil do Estado do Pará, Rilmar Firmino de Souza, pedindo que o fato seja incluído no recém-criado GAER – Grupo de Atuação Especial de Repressão a Crimes de Representatividade para atuar no caso.

A OAB-PA também solicitou ao secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Luiz Fernandes Rocha, a inclusão do advogado Jakson Silva no PROVITA – Programa de Proteção à vitimas e testemunhas, tendo em vista que o objetivo precípuo do programa é a efetivação da justiça e o combate à impunidade e a violência.

Amanhã, às 11h, Jarbas reúne com o secretário de segurança pública para tratar desse assunto.

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