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O papel da mulher brasileira na reforma política foi tema de audiência pública

ref-papel-mulher-poliA Conselheira Seccional Ana Kelly Amorim, representou ontem, 20, a Ordem dos Advogados do Brasil, em audiência pública promovida pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal.

Com o tema “O papel da mulher brasileira nareforma política – Desafios e perspectivas”, a audiência está sendo levada pela Comissão por todo o país. A primeira aconteceu em Belém, no auditório Otávio Mendonça, sede da OAB-PA e contou com a presença de dezenas de pessoas da sociedade civil organizada.

Coordenada pela Senadora Marinor Brito (PSOL), o evento teve como objetivo ouvir da sociedade civil do Estado do Pará, opiniões e colher sugestões sobre o tema a fim de ser levado em debate no Senado Federal a respeito da inserção da classe feminina na reforma política. “Não vamos permitir que a discussão seja considerada no aspecto eleitoral somente, mas que também seja recuperado para a mulher com igualdade em relação aos homens”, disse Marinor.

Marinor disse que existem projetos recentes em discussão na Câmara Federal e no Senado, por isso ressaltou que o momento em que o debate está sendo realizado e, que a discussão deve partir dos movimentos e da própria sociedade. “Não há possibilidade de enfrentar os índices altos da população feminina, com o subemprego, os baixos salários, a dupla jornada, falta de creches, violência doméstica e outras mazelas que interferem na felicidade dessas mulheres”, afirmou a Senadora.

Segundo a Senadora, a mulher brasileira tem um papel fundamental na reforma política comoref-papel_-mul protagonista da vida política e social, pois ela representa hoje, mais da metade da população do nosso país e, portanto, deve está presente na reforma política em todos os seus aspectos como profissional, educacional, familiar e a convivência de forma geral com todos os direitos assegurados. Entretanto, ainda há muitos desafios a serem enfrentados. “Queremos que a reforma política ultrapasse esse patamar de subserviência, queremos dar um salto de qualidade, na forma de interferir na política e na vida das mulheres”, concluiu Marinor.

Representando a Ordem dos Advogados do Brasil Federal e do Pará, a Conselheira Seccional Ana Kelly Amorim defendeu a importânciada discussão, principalmente na questão da competência da mulher nessa esfera. “A representação não deve ser só de número, mas deve ser de qualidade técnica, acima de tudo de gênero. Tem que qualificar e só se qualifica com informação e é isso que está sendo feito com a discussão”, disse a advogada.

ref-papelDentre as dezenas de pessoas na audiência, debateram o tema a Senadora Marinor Brito, a advogada Ana Kelly Amorim, a representante do Fórum de Mulheres da Amazônia Paraense Nilde Souza e a Pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisas Eneida de Moraes (GEPEM) Luzia Miranda. Estiveram presentes ainda, o Deputado Estadual Edimilson Rodrigues (PSOL) e diversos movimentos de mulheres, autoridades do segmento político e jurídico.
 
 
 
 
Fotos:Paula Lourinho

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