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Segundo informações dos moradores do local, durante este período o município de Chaves – onde fica localizada a comunidade do Arauá – sofre com a perda de força do Rio Amazonas. Isso resulta na invasão das águas do Oceano Atlântico no rio, deixando-o salgado. A situação acontece todos os anos, mas este ano o problema agravou de tal forma que se transformou no pior período de que se tem notícia.
A comunidade pede ajuda as autoridades, já que a seca do Rio Amazonas tem afetado inclusive a saúde dos moradores. Segundo Nilvana Lopes, secretária da COOPROEX, o local não conta com poços artesianos ou qualquer tipo de sistema de abastecimento de água. “Algumas pessoas tem utilizado a água do rio para consumo e muita gente tem ficado doente. As principais reclamações são de dor de estômago”, declarou a secretária, que pelo menos uma vez por semana viaja com os enfermos para a capital do estado, enfrentando 24h de viagem de barco para conseguir exames e consulta médica.
De acordo com o presidente da COOPROEX, Antônio Marco, além dos problemas saúde, este problema também deixa a comunidade sem trabalho. “Nessa época os peixes somem e além de ficar sem trabalho, acabamos ficando também sem alimentação. Os moradores que possuem criações como porcos e galinhas conseguem se alimentar, mas os que não possuem tem de vir a capital comprar comida” informou o presidente da Cooperativa. De acordo com ele, alguns moradores também vem a capital comprar água potável.
Segundo José Carlos Lima – presidente da Comissão de Meio Ambiente da Ordem no Pará - a OAB/PA espera conseguir intermediar uma conversa entre a Cooperativa e a Secretaria Estadual de Saúde para ajudar os moradores que estão sofrendo com esse problema.
O advogado Franklin Rabelo, presidente da Comissão de Defesa do Idoso e de Necessidades Especiais da OAB/PA, acompanhou os habitantes da comunidade afetada e apresentou um documento destinado ao presidente da OAB/PA, Jarbas Vasconcelos, expondo a situação enfrentada pela região do litoral costa norte do Marajó, que envolve as comunidades de Arauá, Nascimento, Santa Quitéria, Ganhoão e outras localidades próximas.
Confira abaixo a íntegra do documento: