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Jovens debatem sobre os desafios da advocacia no início da profissão

Jovem Advogado para a OAB não é apenas aquele que possui pouca idade, mas são aqueles que possuem até cinco anos de profissão, que também são conhecidos por advogados em início de carreira.

No Pará, existem, atualmente, aproximadamente quatro mil advogados em início de carreira, em um universo de pouco mais de 13 profissionais inscritos ativos nos quadros da OAB do estado.

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Com 25 anos, graduado em Direito, com especialização em Ciências Penais e mestrando em Direitos Fundamentais pela Unama, o professor de direito penal, Antônio Graim Neto, é um exemplo de jovem advogado em início de carreira. Presidente da Comissão de Jovens Advogados da OAB-PA foi ele quem proferiu o tema da palestra de abertura do Colégio Nacional de Presidentes de Comissões de Advogados em início de Carreira, ocorrido pela primeira vez em Belém.

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Discorrendo sobre o tema “Os desafios da jovem advocacia e a modernidade na advocacia brasileira”, Graim iniciou sua fala explicando que o principal objetivo do encontro entre os presidentes é criar um sistema de compartilhamentos, de parcerias e cooperação. “A alma deste vento é agregar todas as lideranças jovens de todo o país, a fim de traçarmos os rumos de investimentos e ações para que os jovens advogados possam se inserir com mais firmeza no mercado de trabalho.”

Para Antônio, o respeito às prerrogativas dos advogados é muito importante e o ponto mais sensível, por que a pouca idade dos profissionais costuma trazer alguns desafios como falta de urbanidade com o advogado, falta de confiança, sem falar na associação que sempre é feita de que o jovem advogado não tem experiência para atuar nas grandes causas, quando, na verdade, essa não é a realidade, pois os grandes escritórios, em todo o país, precisam do jovem advogado para bem funcionar. “Então o jovem advogado é essencial para a vida da advocacia nacional, para a vida das seccionais e para o direito de forma geral.” 

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Segundo Graim para assegurar o exercício da advocacia com liberdade e, ao final, os direitos os direitos daquele constituinte que confia sua vida tanto ao jovem quanto ao advogado mais experiente, são necessárias de prerrogativas essenciais que dão a liberdade e a garantia de que ele possa enfrentar determinados servidores públicos, que muitas vezes acham que estão acima dos advogados. “Não existe qualquer diferenciação hierárquica entre as carreiras jurídicas. Então determinadas prerrogativas como o acesso livre ao judiciário, a documentos judiciais, como inquéritos policiais, por exemplo, precisam ser garantidos aos advogados como forma respeito às suas prerrogativas.”

Perguntado sobre as principais vantagens de pertencer à jovem advocacia Graim respondeu que a jovem advocacia tem desafios, mas também tem vantagens como a visão de mundo completamente diferenciada dos advogados mais experientes, que viveram outra realidade outra tradição. “Hoje vivemos no mundo da modernidade, da comunicação instantânea, e o jovem advogado por ter nascido nessa época acaba sabendo lidar com mais facilidade com as novas tecnologias de forma muito mais natural do que os advogados mais experientes. Como na adaptação à mudança do processo física para o processo eletrônico se deu de forma mais simples para o jovem advogado.”

Colgio-de-Presidentes-de-Comisses-ADV-Iicio-de-Carreira--_66Para encerrar, Graim reafirmou o interesse em intensificar a cooperação e a parceria. A jovem advocacia brasileira não tem a pretensão de se divorciar da advocacia mais experiente. Nós não aceditamos que qualquer profissional liberal tenha condições de crescer sozinho. Nesse sentido, a cooperação é fundamental para que a gente tenha uma solidez dentro do mercado.”

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A palestra de Antônio encerrou a primeira parte da programação do evento. À tarde, os presidentes de comissões de todo o Brasil reunirão para debater a pauta de deliberação do colegiado. No final da tarde do dia 23, o presidente da OAB/PA, Jarbas Vasconcelos, irá proferir a conferência de encerramento do colégio.

Em dois dias de encontro, serão discutidos temas que afetam a jovem advocacia a nível estadual e, principalmente, nacional, como: a violência contra os advogados, provocar é uma discussão acerca da revisão da jovem advocacia no que se refere ao código de ética, bem como de estratégias que coloquem o jovem advogado no mercado de trabalho por meio do empreendedorismo.

Amanhã, durante o último ato do colégio será a assinatura da “Carta de Belém”, documento onde constarão todas as deliberações, recomendações e requerimentos aos conselhos seccionais e ao Conselho Federal da OAB no que diz respeito à jovem advocacia

Fotos: Paula Lourinho.

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