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Inscrições abertas para o Prêmio Paraense de Jornalismo em Direitos Humanos

14593601 1127875583965572 622006472 nComo parte da campanha “Um novo olhar da mídia para os Direitos Humanos” desenvolvida pelas comissões da OAB-PA e do Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor-PA) que atuam nessa temática, o prêmio visa reconhecer e distinguir o alto mérito de reportagens que contribuam para a divulgação e valorização dos direitos humanos e chamar atenção em busca de uma nova abordagem.

A cerimônia de lançamento ocorreu no último dia 11, no plenário Aldebaro Klautau, sede da Ordem no Pará. Ao abordarem o tema “Mídia e Direitos Humanos”, as jornalistas Avelina Castro e Franssinete Florenzano ministraram palestras durante a programação, que contou com a presença da presidente do Sinjor-PA, Roberta Vilanova, e da presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-PA, Luanna Tomaz.

De acordo com a jornalista Roberta Vilanova, a ideia de criar a premiação ganhou mais força quando diretores do Sinjor-PA participaram da Semana Paraense de Direitos Humanos, cujo tema abordado foi mídia e direitos humanos. “Nossa ideia veio ao encontro da proposta da Comissão de Direitos Humanos da OAB-PA”, revelou.

A presidente do Sinjor-PA aproveitou para adiantar que será estabelecida parceria com a Universidade Federal do Pará com o intuito de “diagnosticar as principais violações de direitos humanos cometidas por veículos de comunicação no Pará”, de maneira que seja possível trabalhar de forma mais direcionada em relação a alguns temas.

Ao externar bastante preocupação com os ataques deliberados contra direitos humanos na mídia paraense, Luanna Tomaz afirmou que “o prêmio estimula uma abordagem jornalística mais ampla dos direitos humanos, que contemple o direito à educação e à saúde, por exemplo”. Conselheira seccional da OAB-PA, a advogada destacou ainda a importante parceria firmada com órgão de representação de classe como o Sinjor-PA.

Avelina Castro, por sua vez, enfatizou que a premiação irá valorizar os princípios que precisam nortear o jornalismo. Na avaliação da jornalista, o respeito aos direitos humanos nas coberturas jornalísticas “está cada vez mais raro, mais difícil de acontecer”, por isso a necessidade de criação do prêmio, ao acrescentar que “o jornalismo tem pecado muito nesse sentido”.

Em outro momento da palestra, a professora salientou que o Pará é um dos poucos estados brasileiros onde ainda existe a editoria de “Polícia” nos jornais, que praticam “o jornalismo voltado para a linha policialesca”. Para Avelina, a criação do prêmio incentiva e exige “uma postura mais correta” dos jornalistas e veículos de comunicação “em defesa dos direitos humanos”.

Na opinião de Franssinete Florenzano, o prêmio representa “o primeiro passo” para transformar essa conjuntura de violação de direitos humanos na mídia. “Não precisamos de mais leis. Nós precisamos é lutar pela efetivação de direitos”, defendeu a jornalista. Ao louvar a iniciativa de parceria entre OAB-PA e Sinjor-PA para enfrentar essa problemática, Florenzano observou que jornalistas, advogados e sociedade civil não podem se furtar de participar desse enfrentamento. “Quando nos calamos, nós somos conviventes”, concluiu.

Premiação

O prêmio possui quatro categorias: Jornalismo Impresso, Radiojornalismo, Telejornalismo e Webjornalismo. As matérias devem ter sido publicadas nos 12 meses anteriores a 15 de novembro de 2016. Podem participar os jornalistas com registro profissional junto ao Ministério do Trabalho e Emprego.

O melhor trabalho de cada categoria irá receber R$1 mil. Veículos de comunicação e jornalistas poderão inscrever suas reportagens entre 15 de outubro e 15 de novembro pelos sites das duas instituições: www.oabpa.org.br ou www.sinjorpa.org.br. A entrega do prêmio será dia 09 de dezembro.

Inscrições pelo link http://www.sinjorpa.org.br/?page_id=1309

Texto: Fúvio Maurício

Anexos