O último ato da desembargadora Luzia Nadja Nascimento à frente da presidência do Tribunal de Justiça do Estado ocorreu hoje pela manhã, no Casarão da Ordem, com o plenário Aldebaro Klautau totalmente lotado por diretores e conselheiros seccionais, além de diversos membros de comissões temáticas e do Sistema OAB no Pará.

Depois de ouvir mensagens enviadas por vários presidentes de subseções da OAB no interior do estado, receber homenagens de professores do curso de Direito da Universidade da Amazônia, de membros da Comissão do Idoso e de conselheiras seccionais, a desembargadora proferiu um discurso de despedida para advocacia paraense.  

No princípio de seu discurso, a presidente recordou que seu primeiro ato à frente do TJE/PA foi justamente visitar a Ordem. “Quando estive aqui na Ordem pela primeira vez foi por acreditar que nada se constrói sozinho”. A desembargadora agradeceu a todos os funcionários da seccional paraense e destacou também a importância da OAB. “A Ordem tem que fazer o seu papel, que é buscar melhorias para os jurisdicionados”.

A presidente defendeu que dois anos de gestão é pouco tempo para promover e atender às demandas necessárias, e pediu apoio da Ordem para aumentar a duração do mandato dos presidentes do tribunal. "Nós precisamos, especialmente os advogados, que têm uma voz muito forte, ampliar o espaço de administração de um presidente. Acredito que três anos seria muito bom para que os próximos presidentes possam ter essa oportunidade".

A desembargadora Luzia Nadja salientou que sua gestão focou em construir acesso à Justiça não somente com gratuidade. “Temos que ampliar serviços. Foi nisso que foquei a minha gestão. Instalei algumas Varas. Não foram tantas quanto eu gostaria, mas o possível dentro do orçamento que o serviço público tem que primar”, frisou, completando que sua gestão focou também no interior do Pará. “Nosso estado está recebendo grandes investimentos. E o Poder Judiciário precisa discutir esses investimentos”.

Ao final, a presidente do TJE/PA entregou o relatório de sua gestão ao presidente Jarbas Vasconcelos. “Há algum tempo, o Poder Judiciário criou uma maturidade administrativa. Vários presidentes executaram seus respectivos planos de ação conforme o planejamento estratégico. Nós fizemos isso, e o próximo presidente adotará a mesma conduta”, projetou.

Fotos: Paula Lourinho