Home / Notícias
Por maioria dos votos, os jurados acabam de absolver o réu Rodrigo Carvalho da Silva, que era acusado de ter assassinado o advogado George Machado, ocorrido no dia 03 de abril, em Marabá.
Para o presidente da OAB no Pará, Jarbas Vasconcelos, a decisão é decepcionante para a família da vítima e para a advocacia paraense. “É um estímulo a essa cultura de violência, de intolerância, da qual essa região é expoente não só em nível estadual, mas nacional”.
Na avaliação de Vasconcelos, a decisão é uma resposta negativa à sociedade que é afetada por um dos maiores índices de violência do Brasil. “Crimes de execução são praticados toda semana aqui. Esta região é extremamente violenta e considerada um dos bolsões da pistolagem em nosso país”, lembrou o presidente, que adiantou que a instituição deverá recorrer da decisão.
O presidente da subseção da OAB em Marabá, Haroldo Gaia, declarou que a absolvição representa “um desrespeito ao direito à vida. É preciso ter respeito á vida, às leis. É por isso que a advocacia e a sociedade marabaense sempre clamam”, concluiu. Presidido pelo juiz Murilo Lemos Simão, da 3° Vara Criminal da Comarca de Marabá, o julgamento foi realizado no Tribunal do Júri do Fórum do município.
A equipe da OAB-PA que atuou como assistente de acusação no julgamento de Rodrigo Carvalho foi composta por um dos vice-presidentes da Comissão de Defesa de Direitos e Prerrogativas da OAB-PA, Rodrigo Godinho, a advogada Fernanda Sousa, da Procuradoria Regional de Prerrogativas e os advogados Arnaldo Ramos e Wandergleisson Fernandes.
Após a escolha dos sete jurados do julgamento do acusado de assassinar o advogado George Machado, foram ouvidas duas testemunhas arroladas pelo Ministério Público, representado pela promotora Hygeia Valente de Souza Magalhães, e assistência. Posteriormente, foram ouvidas as testemunhas arroladas pela defesa.
O julgamento do acusado de assassinar o advogado George Machado foi retomado com o interrogatório do réu, Rodrigo Carvalho da Silva. Diante do juiz Murilo Simão, o acusado negou a autoria do crime cometido no dia 03 de abril de 2014. Rodrigo reconheceu que já usou entorpecentes e gosta de armas de fogo, mas alegou que não possuía motivos para executar o assassinato.
O réu garantiu que estava na casa de um amigo no horário do crime e, em seguida, deslocou-se para trabalhar na Secretaria de Assistência Social de Marabá. Rodrigo Carvalho informou ainda que só tomou conhecimento do crime por meio da imprensa. Agora há pouco, foram iniciados os debates entre acusação e defesa. Cada parte poderá defender sua tese por uma hora e meia.