Home / Notícias
Cerca de 100 advogadas estiveram em Fortaleza, no Ceará, e participaram da III Conferência Nacional da Mulher Advogada. Presidente da Ordem no Pará, Alberto Campos liderou a comitiva da seccional paraense, composta ainda por conselheiras seccionais, presidentas de subseções e comissões temáticas. Realizado nos dias 5 e 6 de março, o evento teve como principal objetivo levantar as principais bandeiras do universo feminino frente aos desafios da advocacia contemporânea ao debater os temas igualdade, liberdade e sororidade.
Presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB-PA, Natasha Vasconcelos ministrou palestra no painel “Violência de Gênero como Estratégia Processual”. Diretora-geral da Escola Superior de Advocacia, Luciana Gluck Paul e integra a delegação e aproveitou para lançar o livro “Mediação Judicial: Modelo de Parceria Público-Privado”, da editora Lumen Juris. Foram mais de 2.200 participantes, dos quais aproximadamente 95% mulheres. Aproximadamente 87% dos inscritos eram da advocacia, enquanto 10% estudantes e 3% profissionais de outras áreas.
Encontro
Na véspera da abertura, dezenas de dirigentes e lideranças da Ordem se reuniram para o I Encontro Nacional das Mulheres Dirigentes do Sistema OAB, realizado na sede da OAB-CE. A presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada (CNMA), Daniela Borges, destacou que a reunião é histórica, por reunir, pela primeira vez, tantas lideranças femininas do sistema OAB e por discutir como estimular uma maior participação das mulheres nos espaços de direção da Ordem. “O encontro serviu como um momento para tratarmos das pautas específicas das mulheres que ocupam cargos diretivos nas seccionais e subseções. Foi possível ainda debater estratégias e medidas para o fortalecimento das mulheres nas seccionais. É fundamental que possamos discutir como ocorre a presença das mulheres nas seccionais e subseções, e o que pode ser feito para fortalecer essa presença e estimular a participação cada vez maior de mulheres no sistema OAB”, disse a presidente da CNMA.
As dirigentes da Ordem se dividiram ainda em grupos de trabalho para debater temas relacionados às seccionais, ESAs e Conselho Federal, além de discussões sobre novas medidas para beneficiar as advogadas por meio das Caixas de Assistência e da Concad Mulher. As presidentes de “OABs Jovens” também debateram ações e mobilizações para os próximos anos. Nas próximas eleições do sistema, entra em vigor a regra que estabelece um percentual mínimo de 30% de mulheres nas chapas que vão concorrer.
A conselheira do CNMP Fernanda Marinela relembrou o início dos trabalhos da Comissão da Mulher Advogada no Conselho Federal e a primeira Conferência Nacional da Mulher Advogada, ainda em 2015, para destacar os avanços obtidos desde então. “Estamos conseguindo dialogar e avançar bem. Estou muito emocionada, porque eu me lembro que a primeira conferência não ia existir porque não havia recursos para isso. Me sinto emocionada de saber que conseguimos fazer a primeira, depois a segunda e hoje, no Ceará, estamos mais uma vez brilhando na terceira edição. Estamos com quase 3 mil advogadas participando. Graças às mulheres que nos antecederam, nós conseguimos chegar até aqui”, disse Marinela.
Conferência Magna
Ao final da abertura oficial do evento, os participantes acompanharam a palestra magna, com presença da conselheira federal e medalha Rui Barbosa, Cleá Carpi, e da ex-presidente da Ordem dos Advogados de Paris, Marie-Aymée Peyron. As duas destacaram a força da luta das mulheres e as conquistas históricas já alcançadas no Brasil e também na França.