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Com o plenário Aldebaro Klautau totalmente lotado de advogados (as) e membros do Sistema OAB-PA, o presidente da Ordem no Pará, Alberto Campos, e o secretário-geral e presidente da Comissão de Defesa de Direitos e Prerrogativas da OAB-PA, Eduardo Imbiriba, concederam entrevista à imprensa e informaram que a instituição realizará ato público em defesa da Constituição, do Estado Democrático de Direito, da Advocacia e da Cidadania na próxima quinta-feira (21), em frente à sede da seccional paraense.
Ao agradecer pela presença de todos os advogados, o presidente Alberto Campos lamentou o momento difícil e delicado pela profissão, principalmente para os profissionais que militam na advocacia criminal. “Isso exige da OAB-PA, da nossa categoria, essa união que nós estamos vendo aqui hoje”, ressaltou, complementando ser “uma agressão que a sociedade está sofrendo quando um advogado é violentado no exercício da advocacia”.
Alberto Campos ponderou ainda que a mobilização da OAB-PA e da classe é para defender o direito de defesa, que não é intrinsicamente ligado somente aos advogados. “É da sociedade, é um direito constitucional de todo o cidadão, e de um advogado defender os seus interesses”, acrescentando que “quando o advogado é violentado defendendo os interesses de seu constituinte, isso agride a nossa Constituição, o Estado Democrático de Direito”.
O presidente informou que os diretores e membros da Comissão de Defesa de Direitos e Prerrogativas reuniram com a Secretaria de Segurança Pública do Estado e exigiram prioridade ao caso mais recente de violência contra advogado. "As autoridades de segurança pública se comprometeram em se empenhar 24 horas por dia para chegar aos aurores e mandantes, se tiver".
Aos jornalistas, Alberto Campos comentou que há fortes indícios de que houve premeditação do crime por fatos já investigados e outros detalhes. “Toda segunda-feira, a vítima visitava sua mãe no endereço foi alvejado”, revelou. Por tudo isso, o presidente está confiante que se chegará o mais cedo possível à autoria. “Acreditamos que este crime não ficará impune e nós chegaremos aos autores em um prazo bem curto”.
Secretário-geral e presidente da Comissão de Defesa de Direitos e Prerrogativas da OAB-PA, Eduardo Imbiriba também agradeceu pela presença em peso da advocacia no plenário em um dia tão triste e manifestou todo seu descontentamento com o episódio. “Até quando nós vamos ter que tolerar isso?”, questionou o diretor seccional.
Diante dos presentes, Imbiriba sustentou que a união da classe precisa ser constante. “Estão abatendo os nossos colegas, estão ofendo a advocacia, o Estado Democrático de Direito. Nós não podemos permitir. Já chega!”, afirmou. Apesar de declarar confiança no trabalho desenvolvido pelos órgãos de segurança pública, Imbiriba garantiu que a OAB-PA irá acompanhar e cobrar. “Os órgãos precisam apresentar solução, não só nesse caso. Estamos acompanhando um por um. Esperamos uma atuação efetiva, que o caso seja elucidado, que os indícios de autoria e materialidade sejam comprovados de uma maneira justa”, concluiu.
Atentado
O advogado Arnaldo Lopes de Paula foi baleado na noite de segunda-feira (18), na rua Roberto Camelier, no bairro do Jurunas, em Belém. Ele estava em seu carro próximo à casa de familiares. De acordo com informações, foram disparados cinco tiros contra o profissional. O estado de saúde é grave, porém estável. Em outubro deste ano, Arnaldo Lopes de Paula assumiu o cargo de interventor na Associação dos Praças da Polícia Militar do Estado do Pará (ASPRA-PM).