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O advogado George Antônio Machado, que era carioca, casado, tinha 53 anos, dois filhos advogados e morava na cidade de Parauapebas, no sul do Pará, foi executado a tiros, à noite de ontem, por dois homens em uma moto e que usavam capacetes. O crime ocorreu por volta das 20 horas na Folha 10, núcleo residencial da Nova Marabá, em Marabá, a 410 quilômetros de Belém pela Alça Viária.
A vítima, que atuava na área previdenciária, participava, em Marabá, da reunião do Colégio de Presidentes das Subseccionais da Ordem dos Advogados do Brasil, aberta solenemente ontem, na subseccional da instituição naquela cidade, que a vítima já fora presidente.
De acordo com informações colhidas pela polícia junto a testemunhas, que não queriam se identificar com medo de represálias, possivelmente, George reconheceu seus executores. Os informes dão conta que a vítima acabara de jantar churrasquinho em um barzinho na Folha 10, quando os dois homens apareceram e fizeram um disparo. Nesse momento, houve corre-corre dos clientes do local. O advogado também tentou correr e chegou a entrar no jardim de uma casa, mas ali, foi alcançado e assassinado. Ele morreu na hora.
Em nota, pelo facebook, a OAB disse que "É com profunda tristeza que a Ordem dos Advogados do Brasil, seccional do Pará, comunica o falecimento do advogado George Antônio Machado, OAB 9706. O presidente da OAB-PA, Jarbas Vasconcelos, acompanhado do vice-presidente Alberto Campos; do secretário geral, Jader Kahwage; do diretor tesoureiro da instituição, Eduardo Imbiriba; e o presidente subseccional da OAB em Marabá, Haroldo Gaia, além de diversos presidentes subseccionais, que participam do colégio de presidentes da Ordem neste município, estão neste momento no local onde aconteceu o crime, acompanhando o trabalho da polícia. As diretorias da seccional e da subseccional, por meio de seu presidente Jarbas Vasconcelos e Haroldo Gaia, respectivamente, em nome de todos os advogados que atuam no Pará, expressam suas condolências aos amigos e à família do advogado".
Segundo informações da polícia, os bandidos levaram somente o celular do advogado, o que, a princípio, caracteriza o crime de latrocínio.
Conforme o presidente da OAB-Pará, Jarbas Vasconcelos, ao ser informado do fato, imediatamente, ele contatou com o secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, delegado Luís Fernandes, assim como, com o diretor da Divisão de Polícia do Interior, uma vez que trata-se de um crime "com características de execução", que precisa ser esclarecido, tendo em vista que vários profissionais de Direito vêm sendo vítimas de pistoleiros que estão agindo no interior paraense. Vasconcelos acompanhou todo o trabalho da polícia, que fez o levantamento cadavérico, com a tomada dos primeiros depoimentos, bem como, providenciou a remoção do corpo para exames de necropsia no Instituto Médico Legal, órgão em Marabá do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves.
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Fonte: O Liberal