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Como havia sido acordado entre membros da Comissão de Defesa de Direitos e Prerrogativas da OAB-PA e autoridades policiais, a advogada Jéssica Paula retornou hoje de manhã à Delegacia Especializada de Meio Ambiente da Polícia Civil, mas novamente foi impedida pela delegada Juliana de ter acesso aos autos do inquérito referente à operação deflagrada recentemente.
“Quando cheguei à delegacia, a delegada estava acompanhada de integrantes do Sindicato de Delegados e me informou que não poderia ter acesso aos autos”, relatou Jéssica Paula, antes de oitiva com o delegado Cristino Sanches Brito Júnior, na Delegacia de Crimes Funcionais, hoje à tarde. Ontem, ela e Camila Nogueira Lima foram impedidas de ao menos falar com a delegada Juliana.
Desrespeitadas no exercício da profissão, as advogadas acionaram imediatamente o Plantão de Prerrogativas da OAB-PA. O advogado plantonista Carlos Reutman Santos da Silva chegou à unidade policial e também teve seu acesso negado pela delegada, que pediu sua retirada da sala e recomendou que acionasse a corregedoria.
Consciente de seus direitos, Carlos Reutman argumentou que cumpriria o Estatuto da OAB, uma vez que não existe impedimento legal para sua permanência no local. Com isso, a delegada deu voz de prisão, tentou arrastar o advogado, chamou investigadores e o diretor da unidade e houve muita discussão.
O presidente em exercício da Comissão de Defesa de Direitos e Prerrogativas da OAB-PA, Luiz Araújo, e os membros Leonardo Barra, João Bosco do Nascimento Júnior, Carlos Reutman Santos da Silva e Alexandre Samarone também foram ouvidos na Decrif. Com os depoimentos, a Corregedoria irá apurar as responsabilidades criminais e funcionais da delegada. Na segunda-feira, Camila Nogueira Lima será ouvida na Delegacia de Crimes Funcionais.
No âmbito do Sistema Regional de Prerrogativas, explicou Luiz Araújo, todos os membros e as advogadas também irão depor na instância para adoção de providências legais e instauração de procedimento administrativo. “Nossa Procuradoria irá apurar todas essas questões para poder acompanhar esse processo policial e judicial, futuramente. É por meio desse procedimento administrativo que o Conselho Seccional vai avaliar se terá desagravo público ou não”, esclareceu o presidente em exercício.
Fotos: Yan Fernandes