A parceria, concretizada hoje (25) e prestigiada por Jarbas Vasconcelos e vários advogados da instituição, viabilizará a emissão de mandado de prisão eletrônico. O serviço deverá ser disponibilizado no final do primeiro semestre. Até lá, os usuários do serviço deverão receber treinamento para operar o sistema. Os mandados eletrônicos emitidos pelo Tribunal de Justiça do Pará, Varas Cíveis e Criminais serão encaminhados à Polícia Civil, por meio do sistema LIBRA.
Desse modo, assim que a polícia cumprir a ordem judicial, o órgão emitirá uma certidão de cumprimento, que também ficará disponível no sistema eletrônico. A consulta ao sistema informatizado possibilitará identificar, por exemplo, todos os mandados de prisão de um réu, agilizar o cumprimento do mesmo, além de dar celeridade ao cumprimento de alvarás de soltura. A atualização das informações também poderão ser acompanhadas pelos magistrados.
Segundo a presidente do TJPA, desembargadora Luzia Nadja Guimarães Nascimento, a ação é parte dos investimentos em tecnologia para dar celeridade ao sistema de justiça. A magistrada lembrou que, recentemente, um convênio com o Estado vai expandir a rede de fibra óptica do programa Navega Pará até o município de Castanhal, que além de melhorar o acesso aos sistemas informatizados, vai levar ensino a distância para as comarcas do interior e viabilizará a implementação do Processo Judicial Eletrônico.
Advogados
Para o advogado Antônio Barra Brito, conselheiro seccional e presidente da Comissão de Defesa de Direitos e Prerrogativas da OAB, a utilização dessa tecnologia evitará um imenso deslocamento com o documento em papel e agilizará a execução do mandado. “Quando se tem um alvará de soltura e ele é logo apresentado, a tramitação entre Fórum e delegacia leva 24h, às vezes, 48 h ou mais. Ele (mandado) sendo on-line, dará mais efetividade à prestação jurisdicional. Vai agilizar verdadeiramente nesse particular do processo criminal, sem duvida!”.
Barra Brito acredita que a tecnologia será uma forma de agilizar a presença do Estado. “Não é agilidade só na liberação, mas na apreensão do infrator. A ordem de prisão sai do gabinete do magistrado e vai para Polícia Civil dar cumprimento”, observou. Fábio Lima, presidente da Comissão de Sistema Penal da OAB, também considera importante a ferramenta. “Todos nós estamos acostumados com o papel. Uma vez que não é o papel que vai ser enviado - como é hoje, isso será bom para a aceleração do processo de contratação do profissional de advocacia, de maneira que ele postule uma revogação de prisão preventiva, um habeas corpus e, quem sabe, coloque o acusado em condições de responder o processo em liberdade”.
Fotos: Paula Lourinho