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A Comissão de Direitos Humanos e a Comissão da Igualdade Racial e Direitos dos Quilombolas da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Pará, vem a público repudiar os atos de injuria racial praticados na Universidade Federal de Santa Catarina contra o acadêmico paraense João Francisco, na semana passada.
O episódio ocorreu durante uma aula onde houve atos depreciativos ao cabelo estilo Black Power do estudante. O uso do Black Power remete aos Estados Unidos no decênio de 60 quando os negros daquele país lutavam por direito civis. O movimento lutava, além de outros direitos, pela proteção do direito à autonomia, autoconfiança e afirmação da identidade negra, com o resgate da herança africana.
Assim, o cabelo Black Power é símbolo de inúmeras lutas sociais travada pelo movimento negro que culminaram no reconhecimento de vários direitos e na necessidade de combater as desigualdades raciais existentes no seio social. É inconcebível que no meio acadêmico, que possui entre outras finalidades a de combater as desigualdades, ainda exista este tipo de atitude que desrespeita toda uma história e fomenta o preconceito baseado na cor da pele.
O racismo, em pleno século XXI, é inaceitável e deve ser firmemente combatido. Esperamos que da Universidade Federal de Santa Catarina, envide todo o esforço para repreender atos desta natureza, bem como estimule o reconhecimento à DIVERSIDADE, para que outros fatos, como este, ali não mais se repitam.