Representantes do Movimento Social Negro, como o Centro de Estudo e Defesa do Negro do Pará (CEDENPA), o União de Negros pela Igualdade (UNEGRO) e a Rede Mocambos participaram de uma reunião com a Comissão de Defesa da Igualdade Racial e Etnia da OAB/PA na manhã do último dia 26.

O caso UEPA - onde uma professora da instituição foi acusada de chamar um vigilante do local de “macaco” – foi uma das pautas de discussão do encontro. Segundo informações de Jorge Farias, presidente da Comissão de Defesa da Igualdade Racial e Etnia da OAB/PA, um grupo será formado por um representante do Núcleo de Cidadania da Defensoria Pública e três membros das entidades do Movimento Negro para uma audiência com a Reitora da UEPA. “Queremos cobrar o andamento do processo administrativo que irá apurar a atitude racista da professora Daniela Cordovil”, pontuou o presidente.

Além da iniciativa de reorganização das ações de combate ao racismo, com o apoio da OAB/PA a Comissão pretende criar um Fórum Estadual de Combate ao Racismo para tratar de forma permanente a incidência do racismo no estado do Pará. A composição do Fórum será apresentada em programação do dia 13/11.

Outras ações estão sendo planejadas para o mês de novembro, quando se comemora o dia da consciência negra (20). Dentro desta programação, foi aprovada também para o dia 13/11 a divulgação de um Acordo de Cooperação Técnica – assinado entre o Conselho Federal da OAB (CFOAB) e a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR). Este contrato objetiva batalhar pela inserção da temática de igualdade racial e de combate ao racismo na grade curricular dos cursos de direito e nos cursos de extensão e/ou pós-graduação promovidos pela Escola Nacional de Advocacia e pelas Escolas Superiores de Advocacia.