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Com a finalidade de refletir e estimular debate a fim de encontrar conclusões e orientações para novas iniciativas, a Comissão de Defesa da Igualdade Racial Etnia e Direitos dos Quilombolas da OAB-PA organizou alguns debates em escolas e recebeu convites para colaborar com outros eventos, conforme a programação a seguir:
Mesa Redonda no auditório da Faculdade FAP, no dia 09 de novembro, cujo tema abordado foi “Politicas de Igualdade Racial, avanços e Desafios”, ministrado pelo advogado Jorge Farias, presidente da comissão temática. Já as palestras “Organização e resistência dos povos indígenas” e “O combate ao racismo e as garantias das tradições de matriz africana”, foram proferidas pela professora Marilu Campelo, da UFPA.
SARAU LITERÁRIO na Escola Estadual Antônio Godim Lins, na “Casa Grande e Senzala Jamais”, no dia 18 de novembro, no Conjunto Cidade Nova VI, S/N 21, entre WE 65 e 68, em Ananindeua. No dia 20 de novembro, caminhada em protesto à violência contra o povo negro e de tradições de matriz africana. No dia 21, haverá a palestra “Conquistas e Valorização do Negro na Sociedade”, 19h, na Escola Estadual Isabel Amazonas, no bairro Distrito Industrial, Ananindeua.
História
Vale lembrar que Brasil foi o ultimo país no mundo a oficialmente abolir o regime de escravidão para produção de riquezas, bens e serviços, permanecendo até 13 de maio de 1888, em um ciclo histórico de 358 anos de humilhação e tratamento desumano aos nossos ancestrais africanos e seus descendentes.
Esses fatos que impõem ao Estado Brasileiro uma enorme dívida, cuja reparação vem acontecendo lentamente, notadamente a partir do ano 1978, quando aparecem as primeiras iniciativas de se instituir o dia 20 de novembro como o “DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA” para homenagear o líder da resistência negra, Zumbi dos Palmares, morto pelas forças militares do Império, em 1695.
No entendimento das organizações do Movimento Social Negro, o dia 13 de maio não representa a efetivação da liberdade desta população, do período escravista, que ainda se reflete nos dias atuais, situação incomoda que levou tanto o poder público quanto o Movimento Social Negro a lembrar e organizar, não só o Dia da Consciência Negra, mas o novembro, como mês da consciência negra, com a realização de centenas e até milhares de eventos e ações de caráter afirmativo por todo o país.
Outra população que forma a origem histórica e cultural da nação brasileira são as várias etnias dos povos indígenas, os quais somavam cerca de 5 milhões na chegada dos colonizadores portugueses e hoje estão reduzidos a um milhão, tendo em conta os que residem nas cidades, a quem a Comissão de Igualdade Racial Etnia e Direitos dos Quilombolas da OAB/PA tem dispensado total apoio às suas lutas em defesa de sua dignidade, cidadania e direitos humanos. Por isso, neste mês de novembro de 2016, além da Consciência Negra, estamos defendendo os direitos dos povos indígenas, com o tema “A CONSCIENCIA NEGRA E DEFESA DOS POVOS INDIGENAS”.