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De acordo com o parlamentar, ele está sendo perseguido politicamente pelo grupo ligado ao prefeito, uma vez que foi surpreendido com o pedido de cassação do seu mandato, no dia 28 de junho. “A alegação é que eu tenho relação com o poder executivo municipal pelo fato de meu pai ter alugado para a Prefeitura de Tomé-açu, há mais de 3 anos, o hospital do qual é proprietário”, explicou o vereador.
Para Gedeão Júnior, não existe fundamento nas acusações feitas contra ele. “O meu pai é médico, já foi prefeito do município e celebrou o contrato há mais de 3 anos,antes do mandato que estou exercendo agora. O meu único vínculo com o executivo são somente os meus proventos materiais. Eu recebo meu salário pela Câmara Municipal”, afirmou o parlamentar.
Solicitação
Por conta disso, o presidente da OAB do Pará, Jarbas Vasconcelos, reforçará o pedido ao presidente em exercício do Conselho Federal da OAB, Claúdio Pacheco Prates Lamachia, para colaborar na mobilização pela participação da Polícia Federal nas investigações do assassinato do advogado Jorge Pimentel. O pedido será feito durante o lançamento da campanha “Eleições Limpas”, que ocorrerá na próxima quinta-feira (04) em Belém.
Familiares do advogado Jorge Pimentel e cidadãos de Tomé-açu estarão presentes. “Isso é para mostrar o quanto é urgente que a Polícia Federal entre no processo, o quanto é urgente que ele cumpra o mandado de prisão que foi expedido contra o prefeito, para que se possa dar tranquilidade à sociedade”, ponderou José Carlos Lima, presidente da Comissão de Meio Ambiente da OAB.
A Comissão Processante da Câmara Municipal de Tomé-açu é composta por mais dois vereadores: Humberto Itchizo (PV) e Aurenice Ribeiro (PSC).
O Caso
O advogado Jorge Pimentel foi assassinado em Tomé-Açu, no dia 2 de março deste ano. Na ocasião, o empresário Luciano Capácio, amigo do advogado, também foi assassinado.
Investigações
Ao todo, sete pessoas estão indiciadas por envolvimento no duplo homicídio. Três estão presos e quatro foragidos. Além de “Andrezinho”, estão presos Wellington Ribeiro Marques, 37 anos, de apelidos “Teco” ou “Neném”, apontado como o outro executor do crime, e Jorge Augusto da Silva, apontado como a pessoa que deu apoio aos pistoleiros na fuga e que ficou com a arma do crime e a moto usada na fuga.
Os indiciados como mandantes do crime - o prefeito de Tomé-Açu, Carlos Vinícius de Melo Vieira, e o pai dele, empresário Carlos Antônio Vieira - permanecem foragidos, assim como o terceiro indiciado como executor das vítimas, o cearense Davi Paulino dos Santos, e o homem apontado como intermediário na contratação dos pistoleiros, empresário Raimundo Barros de Araújo, conhecido como “Raimundinho”.
As investigações demonstraram ainda que “Raimundinho”, identificado como intermediário, manteve contatos com o prefeito. Antes da dupla execução, “Andrezinho” esteve na serraria, de propriedade de “Raimundinho”, em Moju, onde já estava Wellington Marques, o outro executor.