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Caso Jorge Pimentel: presidente da OAB considera que missão da Polícia Civil não está concluída

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Mesmo com a prisão de Carlos Vinícius de Melo Vieira - ex-prefeito de Tomé-açu e acusado de ser um dos mandantes do assassinato do advogado Jorge Pimentel e do empresário Luciano Capacio, ocorrida na manhã de hoje (11), em Brasília, Jarbas Vasconcelos observou que ainda faltam ser capturados o pai do ex-prefeito, Carlos Antônio Vieira, o empresário apontado como intermediário da contratação dos pistoleiros que executaram o crime, e mais um pistoleiro, todos com prisão decretada e foragidos.

Para o presidente da OAB, a captura do ex-prefeito é apenas um passo e “demonstrou que a pressão feita pela sociedade produziu um efeito sobre as autoridades de segurança pública do estado”. Jarbas ainda destacou que, de todos os casos de violência contra advogados registrados desde 2011, apenas um foi concluído pela Polícia Civil do Pará. “Nós esperamos que todos os assassinos e mandantes dos crimes contra os nossos colegas sejam presos e que tenham o devido processo legal criminal”.

Vasconcelos afirmou também que a prisão de Carlos Vieira não é o suficiente. “O caso criminal só pode ter curso quando todos estiverem presos. Nós queremos que o governador continue agindo, tomando as providências constitucionais que a lei e a Constituição lhe impõem, dentre elas, de pedir a cooperação do ministro da Justiça para que os envolvidos neste assassinato do Jorge Pimentel sejam presos, e também elucidados todos os casos de ameaça à vida e integridade física dos nossos colegas”.

Em virtude disso, Jarbas declarou que a OAB espera que o Estado dê uma resposta eficaz de combate à criminalidade. “Quem está intimidado pela criminalidade no Pará, neste momento, somos todos nós, que trabalhamos com o sistema de justiça, com o sistema de segurança. O povo é refém da criminalidade no estado. Ou o Estado faz isso, ou a OAB responsabiliza o governador”.

Debate

Jarbas Vasconcelos anunciou que o Conselho Seccional da OAB no Pará irá debater o tema segurança pública e o crime de eventual responsabilidade do governador do Estado, em sessão a ser realizada no próximo dia 19 de novembro. “Queremos conversar com o governo, desde que constitua uma força tarefa para prender todos os assassinos e mandantes dos crimes que vitimaram nossos colegas, peça ajuda do ministro da Justiça para prender aqueles estão fora do Pará e anuncie medidas que melhorem a segurança no estado”, concluiu o presidente.

Capturados

Além do ex-prefeito Carlos Vieira, até agora foram capturados Wellington Ribeiro Marques, 37 anos, de apelidos “Teco” ou “Neném”, e Carlos André Silva Magalhães, 27, de apelidos “Tico” ou “Andrezinho”. Indiciados como executores das vítimas, eles foram presos em 17 de março deste ano, por policiais civis, que os abordaram em uma barreira de fiscalização policial, na rodovia BR-316, em Gurupi, na divisa do Pará com o Maranhão.
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