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Com um relatório repleto de dados substanciais, o Doutor com Pós-Doutorado em Direito Penal na Universidade de Sorbonne, em Paris, na França, e consultor de prevenção de crimes da Organização das Nações Unidas (ONU), apresentou, em evento promovido pela OAB/PA por meio da ESA (Escola Superior de Advocacia), hoje (10) à noite, a realidade do tráfico internacional de pessoas no contexto amazônico.
Diante de estudantes de Direito e diversas autoridades dos poderes legislativo, judiciário e da OAB, que lotaram o auditório Dom Alberto Ramos, na Unama Senador Lemos, Edmundo Oliveira destacou que o mais chama atenção no relatório é a progressão do trafico internacional de pessoas. “O tráfico de drogas continuar a liderar o índice positivo do tráfico mais praticado no mundo. Porém, o que mais cresce, proporcionalmente, é o trafico de pessoas. E cresce em relação ao tráfico de drogas com uma vantagem: é silencioso. Como ele é silencioso, é fácil de ser manuseado. E é fácil até de burlar a atuação do Estado na prevenção internacional contra qualquer tipo de tráfico”, apontou.
Números

Fatores

Na avaliação do jurista, que possui uma dimensão ampla desse problema do ponto de vista técnico, do Direito e da criminologia, não há nas fronteiras brasileiras com Bolívia, Peru e Colômbia atuação do Estado Brasileiro com a finalidade de proibir - inclusive com satélites, a movimentação do tráfico. “É por meio dos aviões e aeroportos clandestinos que percebemos que o fluxo do trafico vai, cada vez mais, se intensificando”, exemplificou.
Família
Buscar a base de conscientização do papel da família, segundo Edmundo, é um dos caminhos para amenizar essa problemática. “Isso é um aspecto fundamental, pois a família é vital. Uma menina ou um menino, só vão para o tráfico de pessoas quando ele adere a aquele crime. E essa adesão pode ser tolhida. Pode ser barrada se tiver um apoio muito forte da família, desde a criança ao jovem, essa ideia de se incutir no sentido de se evitar o tráfico é importante”.
Fotos: Paula Lourinho