Organizado pela subseção da OAB em Xinguara, o protesto foi realizado hoje pela manhã, em frente ao Fórum da Comarca de Rio Maria. Cerca de 100 advogados que militam nos municípios de Rio Maria, Xinguara, Redenção e Canaã dos Carajás participaram. O motivo foi a falta de energia elétrica no prédio.

No dia 23 de maio, o transformador do Fórum queimou e somente nessa sexta a energia foi restabelecida, o gerou muitos transtornos a todos os jurisdicionados. Apesar de a energia ter sido restabelecida, foi constatado que o problema não foi solucionado, pois responsáveis pelo Tribunal de Justiça fizeram apenas uma ligação direta da energia da rede pública para as instalações do prédio, sem o uso de medidor de energia, o que causou bastante estranheza, já que até mesmo o lacre do padrão estava violado.

Para o presidente da subseção de Xinguara, Cicero Sales, essa situação é, no mínimo, imoral, já que ninguém no Fórum soube dizer se a ligação direta fora feita com autorização da companhia elétrica. A OAB subseção Xinguara não se calou frente ao grave problemas que envolveu não só os advogados, mas toda população que se socorre do Poder Judiciário, pagando altíssimos valores de custas processuais sem que haja a contraprestação de serviço adequada.

Mesmo a Comarca tendo ficado 10 sem funcionamento, o presidente do Tribunal ou a Corregedora de Justiça do Interior não publicou nenhuma portaria suspendendo os prazos, gerando assim, insegurança jurídica quantos aos atos em andamento. A presidente da OAB Canaã, Josemira Gadelha e o advogado Marcos Tavares se solidarizaram com o ato e externaram que "é um descaso o que acontece no Fórum de Rio Maria. Não poderíamos agir diferente, somos uma família e estaremos sempre juntos nas lutas em defesa da classe e da sociedade”.

O Fórum da Comarca de Rio Maria já esteve em diversas oportunidades com suas atividades paralisadas em razão de infestação de ratos, cobras e falta de energia, prejudicando os interesses da população e advogados de Rio Maria e região. A Comarca de Rio Maria possui cerca de 3 mil processos em tramitação. No mesmo prédio, funciona o Ministério Público Estadual, que também está com as atividades praticamente paralisadas em virtude da falta de energia.