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O presidente da Ordem no Pará, Alberto Campos, e o secretário-geral, Eduardo Imbiriba, concederam entrevista coletiva, na última quinta-feira (01), no Plenário Aldebaro Klautau, na sede da seccional paraense. Na ocasião, comentaram acerca da repercussão do massacre de 62 detentos, no Centro de Recuperação Regional de Altamira, na última segunda-feira. O presidente da Comissão de Segurança Pública, Luiz Araújo e o secretário-geral estiveram no município e visitaram as instalações do presídio.
Segundo Imbiriba, nenhum homicídio foi praticado por arma de fogo, sendo todos por armas caseiras. "Estacas, facas de cozinha e até lanças foram construídas dentro da prisão para as decapitações e esquartejamentos e mais os objetos inflamáveis que foram utilizados para os detentos atearem fogo. O ataque foi brutal. Uma facção eliminou quase a totalidade dos detentos da outra facção que estava ali presente", informou.
De acordo com a OAB-PA, o presídio está em situações precárias e deveria fechar, pois o Centro de Recuperação de Altamira possui, atualmente, 90% a mais da capacidade de presos do que a permitida, sendo metade deles, presos provisórios. O presidente Alberto Campos, disse que o Conselho Nacional de Justiça constatou que o presídio não tem condições alguma de receber mais presos. "Essa constatação é bem óbvia e até de fora você pode, claramente, identificar. Realmente, como disse o secretário-geral que esteve lá fazendo a vistoria, ele tem que ser implodido", finalizou.
Questionado sobre se poderiam haver inocentes dentre as vítimas, o presidente da Ordem no Pará alegou que vários detentos ainda estavam respondendo processos. "É preocupante você ver uma quantidade elevada de presos provisórios misturados com presos que já estão cumprindo pena. Isso é lamentável e gera esse tipo de problema. A maioria dos que morreram eram presos provisórios", afirmou Alberto Campos.
Participaram também da coletiva a vice-presidente da Ordem, Cristina Lourenço, o secretário-geral Adjunto, Antonio Barra Britto, o Diretor tesoureiro, André Serrão, o presidente da CAAPA, Francisco Freitas, o presidente da comissão de segurança pública, Luiz Araújo e o conselheiro seccional André Tocantins.
Fotos: Yan Fernandes