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MPE denuncia acusados de assassinar advogada em Itaituba

IMG-20140223-WA0042_450x253Por meio da 2ª promotora de Justiça de Itaituba, Magdalena Torres Teixeira, o Ministério Público do Estado do Pará (MPE) ofereceu denúncia em desfavor de Dejaci Ferreira de Sousa (vulgo Esnurfe) e o advogado Altair dos Santos, responsáveis pelo triplo assassinato que vitimou a advogada e procuradora do município, Leda Marta Lucyk dos Santos, sua filha de 10 anos e uma funcionária da loja onde as vítimas foram mortas.

O ingresso da manifestação preventiva e da denúncia ocorreu dia 24 de abril. Na denúncia, o MPE pediu que os acusados fossem levados a julgamento em Júri Popular. Acusado de ser o mandante do crime, Altair dos Santos responde por homicídio qualificado por motivo fútil. Ele encontra-se em prisão preventiva no Centro de Recuperação Regional de Itaituba, em sala de estado maior.

De acordo com a promotora Magdalena Torres, o responsável pelo triplo homicídio, Dejaci Ferreira, está foragido e é conhecido na região por cometer “assassinatos por encomenda”. Ele responde por homicídio qualificado, “mediante paga ou promessa de recompensa”, “emboscada ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido”. A arma usada no crime, uma faca, foi encontrada em uma lixeira, próximo ao local em que as vítimas foram assassinadas.

Prisão

Após intensa mobilização da subseção e da seccional da OAB, Altair dos Santos foi preso por 30 dias. Mais tarde, teve sua prisão prorrogada por mais 30 dias, culminando com a decretação de prisão preventiva. A audiência de instrução de Altair dos Santos foi designada para 22 de julho. A OAB está habilitada como assistente de acusação.

Executor

Contudo, a presidente da subseção da OAB em Itaituba, Cristina Bueno, reclama que as investigações que visam capturar o acusado de ser o executor do crime não avançam. “Há muito tempo não se tem qualquer notícia acerca das investigações, sendo que todas as informações são repassadas, mas acabam sem resposta alguma”.

Segundo a presidente subseccional, o fato do executor ainda não ter sido capturado dificulta o andamento do processo criminal, uma vez que o mandante do crime nega com veemência todas as acusações. “O trabalho de investigações deve ser ampliado. Há informações indicando que o assassino se encontra vivo e escondido em garimpos da região”, informou a advogada.

Para Cristina, o silêncio da Polícia Civil do Pará e a falta de condições para designar efetivo a fim de apurar as denúncias recebidas favorece o afastamento do assassino, além de não descartar a possibilidade do executor já está morto. “Foram duas mulheres e uma criança assassinadas brutalmente no interior de um estado onde a criminalidade virou rotina. Não há como se calar diante de uma situação dessas. É preciso colocar esse assassino na cadeia e, mais do que isso, é preciso que ele fale os motivos pelos quais cometeu essa barbárie e a mando de quem”.

A vítima

A procuradora do município de Itaituba e diretora-tesoureira da subseção da OAB no município, Leda Marta Lucyk dos Santos, foi encontrada morta no dia 22 de fevereiro deste ano, dentro da loja que era proprietária, ao lado da filha de 10 anos e de uma funcionária.

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