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Por meio da 2ª promotora de Justiça de Itaituba, Magdalena Torres Teixeira, o Ministério Público do Estado do Pará (MPE) ofereceu denúncia em desfavor de Dejaci Ferreira de Sousa (vulgo Esnurfe) e o advogado Altair dos Santos, responsáveis pelo triplo assassinato que vitimou a advogada e procuradora do município, Leda Marta Lucyk dos Santos, sua filha de 10 anos e uma funcionária da loja onde as vítimas foram mortas.
O ingresso da manifestação preventiva e da denúncia ocorreu dia 24 de abril. Na denúncia, o MPE pediu que os acusados fossem levados a julgamento em Júri Popular. Acusado de ser o mandante do crime, Altair dos Santos responde por homicídio qualificado por motivo fútil. Ele encontra-se em prisão preventiva no Centro de Recuperação Regional de Itaituba, em sala de estado maior.
De acordo com a promotora Magdalena Torres, o responsável pelo triplo homicídio, Dejaci Ferreira, está foragido e é conhecido na região por cometer “assassinatos por encomenda”. Ele responde por homicídio qualificado, “mediante paga ou promessa de recompensa”, “emboscada ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido”. A arma usada no crime, uma faca, foi encontrada em uma lixeira, próximo ao local em que as vítimas foram assassinadas.
Prisão
Após intensa mobilização da subseção e da seccional da OAB, Altair dos Santos foi preso por 30 dias. Mais tarde, teve sua prisão prorrogada por mais 30 dias, culminando com a decretação de prisão preventiva. A audiência de instrução de Altair dos Santos foi designada para 22 de julho. A OAB está habilitada como assistente de acusação.
Executor
Contudo, a presidente da subseção da OAB em Itaituba, Cristina Bueno, reclama que as investigações que visam capturar o acusado de ser o executor do crime não avançam. “Há muito tempo não se tem qualquer notícia acerca das investigações, sendo que todas as informações são repassadas, mas acabam sem resposta alguma”.
Segundo a presidente subseccional, o fato do executor ainda não ter sido capturado dificulta o andamento do processo criminal, uma vez que o mandante do crime nega com veemência todas as acusações. “O trabalho de investigações deve ser ampliado. Há informações indicando que o assassino se encontra vivo e escondido em garimpos da região”, informou a advogada.
Para Cristina, o silêncio da Polícia Civil do Pará e a falta de condições para designar efetivo a fim de apurar as denúncias recebidas favorece o afastamento do assassino, além de não descartar a possibilidade do executor já está morto. “Foram duas mulheres e uma criança assassinadas brutalmente no interior de um estado onde a criminalidade virou rotina. Não há como se calar diante de uma situação dessas. É preciso colocar esse assassino na cadeia e, mais do que isso, é preciso que ele fale os motivos pelos quais cometeu essa barbárie e a mando de quem”.
A vítima