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Advogada tem prerrogativas violadas por promotor de Justiça Militar

Após ter sido desrespeitada e prerrogativas violadas pelo promotor de Justiça Militar Armando Brasil, a advogada Rosane Baglioli denunciouIMG-20160617-WA0023 o caso à Comissão de Prerrogativas da OAB-PA. Na manhã de hoje, advogada que milita há 14 anos na Justiça Militar, representou a denúncia formalmente à Comissão que deverá designar um relator e levar o caso ao Conselho Seccional para tomar providências cabíveis.

De acordo com a advogada, a violação aconteceu ontem, durante oitiva de dois militares lotados no município de Conceição do Araguaia com o promotor Amando Brasil. Baglioli conta que o primeiro depoimento transcorreu normalmente, porém o segundo depoimento, o promotor entregou o termo para o militar tomar conhecimento e relatar o acontecido. “Foi quando o promotor passou a coagir o militar. Defendi meu cliente e ele [promotor] apontou o dedo na minha cara e mandou que eu calasse a boca. Disse ainda pra eu sair da sala”, detalha. “Ele se irritou ainda mais quando, ao final do termo, fiz a ressalva de que eu teria sido desrespeitada”. Foi então que Rosane comunicou ao promotor que acionaria a OAB. “Ele gritou comigo, bateu na mesa, e disse pra chamar quem eu quisesse”, desafiou.

A advogada Rosane acionou o plantão de prerrogativas da OAB-PA. E, ao retornar na manhã de hoje ao Ministério Público Militar para dar continuidade às oitivas, o promotor se recusou receber os advogados. “Demonstra que ele não tem o mínimo de respeito pelo profissional, tampouco com o dinheiro público. Uma situação constrangedora”. “Não podemos permitir ser desrespeitado, nem o nosso cliente”, comenta.

Apesar da tentativa de resistência do promotor Armando Brasil, o grupo de defensores das prerrogativas formado pelos advogados Luiz Araújo – 2º vice - presidente da Comissão, Isaac Magalhães – 3º vice – presidente, Alexandre Samarone, Ademildo Silva e João Bosco – 1º secretário da Comissão, participou da reunião com o presidente da Associação do Ministério Público do Estado do Pará (AMPEP), Manoel Murrieta.

Segundo o advogado Luiz Araújo, diante do relato de Rosane Baglioli representado formalmente contra o promotor Armando Brasil, a Comissão de Defesa das Prerrogativas tomará as medidas cabíveis. “O promotor foi claro ao afirmar que não iria se retratar e que poderíamos representar contra ele. Isso está sendo feito e levaremos o caso ao Conselho Seccional”, esclarece o segundo vice – presidente da Comissão.

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