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Golpe do FGTS: OAB-PA orienta como evitar fraudes e o que fazer caso seja vítima

Trabalhadores devem ficar atentos às fraudes no aplicativo Caixa Tem. O golpe, segundo o Fantástico, já desviou mais de R$ 2 bilhões do Fundo.

Riulen Ropan*



Direito trabalhista criado para garantir segurança financeira ao trabalhador, especialmente em casos como demissão sem justa causa, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) tem se tornado alvo de golpistas. O valor, depositado mensalmente pelas empresas, costuma ficar sem movimentação imediata e, recentemente, a Polícia Federal descobriu um esquema de fraude envolvendo pessoas com direito ao FGTS e ao seguro-desemprego. O golpe já desviou mais de R$ 2 bilhões do Fundo, segundo o Fantástico, da TV Globo.


O presidente da Comissão de Direito do Trabalho da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Pará (OAB-PA), Kristófferson Andrade, explica que, no novo "Golpe do FGTS", criminosos obtiveram acesso ilegal a dados pessoais de trabalhadores, como CPF e informações bancárias, por meio de páginas fraudulentas na internet. 


"Com a ajuda de funcionários da Caixa, os criminosos alteravam os cadastros das vítimas no aplicativo 'Caixa Tem', substituindo os e-mails originais por endereços controlados pelo grupo. Isso possibilitava a geração de novas senhas de acesso e a realização de transações, como pagamentos de boletos, saques no caixa eletrônico e transferências via PIX", detalha Kristófferson.


Sinais de alerta 


É fundamental, de acordo com ele, que o trabalhador esteja atento a qualquer notificação de saque ou transação não reconhecida no aplicativo Caixa Tem, bem como a alterações não autorizadas em seus dados cadastrais, como e-mail ou número de telefone. 


Outros sinais de alerta incluem dificuldades de acesso à conta ou mensagens de senha incorreta, mesmo que o usuário não tenha alterado sua chave. Caso passe por uma dessas situações, o trabalhador deve entrar em contato imediatamente com a Caixa Econômica Federal, utilizando os canais oficiais da instituição, conforme orientação da Comissão. Confira no infográfico abaixo algumas orientações.



*Sob supervisão da jornalista Elisa Vaz

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